Edição 393 | 28 de julho de 2023
O sócio-fundador do Grupo CDM e presidente do Conselho de Administração da Plena Alimentos, Claudio Ney Maia, e o gerente de exportação Fernando Bevilacqua são integrantes da comitiva do governo federal que está participando de encontros de negócios na #Coreia do Sul e no #Japão neste mês. Organizada pelo Ministerio da Agricultura, em conjunto entre a ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) e a ABPA - Associação Brasileira de Proteína Animal), a agenda inclui visitas em #Seul, nos dias 24 e 25 de julho, e #Tóquio, nos dias 27 e 28 de julho.
Com o objetivo de estreitar laços econômicos e promover uma maior aproximação com o setor privado sul-coreano e japonês para um acordo bilateral de abertura do mercado para exportação de carne bovina in natura brasileira.
A programação inclui também seminários em cada país para a discussão sobre oportunidades e parcerias na indústria de proteína animal, com a presença dos secretários de Defesa Agropecuária e de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, além do ministro Carlos Fávaro “Temos expectativa de obtermos avanços importantes nas negociações e evoluirmos num acordo bilateral.
O Brasil, que hoje lidera o ranking mundial e é o principal exportador de carne bovina do mundo, está apto a oferecer proteína bovina para estes países, com o mais alto padrão de qualidade”, afirma Cláudio Ney.
A delegação do Mapa deixa o país no sábado (29), quando segue para a Arábia Saudita
Nesta quarta-feira (26), o ministro Carlos Fávaro, acompanhado de uma comitiva, deixa a Coreia do Sul e segue para Tóquio, no Japão, dando continuidade à missão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na Ásia.
A principal meta da série de encontros que ocorrerão durante esta semana é impulsionar a produção sustentável do Brasil. A proposta é atrair investimentos estrangeiros para a recuperação de pastagens de áreas de baixa produtividade, permitindo assim a intensificação da produção de alimentos de forma sustentável e contribuindo para a segurança alimentar.
No Japão, onde temporariamente suspenderam as importações de produtos de frango dos estados do Espírito Santo e Santa Catarina, serão abordados temas como o protocolo de regionalização da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) e a demonstração do sistema de defesa sanitária brasileiro em reuniões com as autoridades japonesas.
Outro ponto importante da agenda é uma reunião com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), uma das principais parceiras da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na revolução tecnológica que viabilizou a expansão do agronegócio para a região do Cerrado, que hoje é destaque na produção de grãos no Brasil.
A delegação do Mapa encerra sua estadia no Japão no sábado (29) e seguirá em direção à Arábia Saudita.
Fonte: Canal Rural
Foto: Jonathan Campos/AEN-PR
Os preços da indústria recuaram 2,72% em junho frente a maio, o quinto mês seguido de queda. O resultado no ano chegou a -6,46%, o menor índice já registrado para um mês de junho desde o início da série histórica em 2014. O acumulado em 12 meses ficou em -12,37%, também a menor taxa da série histórica.
Os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgados hoje (27) pelo IBGE, mostram que, em junho, 19 das 24 atividades industriais investigadas pela pesquisa tiveram variações negativas em relação a maio.
“A indústria brasileira convive com quase um ano de deflação na porta da fábrica. No acumulado em 12 meses, é a primeira vez que o indicador atinge dois dígitos de variação negativa. É importante ter em vista o efeito da queda continuada dos preços de commodities chave, que tem barateado os custos de produção ao longo das cadeias produtivas nacionais, tornado produtos importados básicos mais competitivos e reduzido a receita unitária de venda do exportador brasileiro. Todo esse efeito é maximizado pela apreciação cambial dos últimos meses”, comenta o analista do IPP, Felipe Câmara.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O aumento do consumo foi influenciado pela liberação de recursos dos programas de transferência de renda do governo federal
O Consumo nos Lares Brasileiros medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) encerrou o semestre com alta de 2,47%. Na comparação de junho com o mesmo mês do ano passado, a alta é de 6,96%. Ante maio, o indicador apresentou alta de 0,55%.
O resultado contempla os formatos de loja, atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce.
Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, houve consumo consistente e gradual até o fim do semestre favorecido pelo recuo do desemprego, de reajustes salariais, da consolidação dos programas de transferência de renda.
“Para os próximos meses, se mantidas a menor pressão da inflação sobre a cesta de alimentos, o consumo tende a ser crescente, pois há datas importantes que incentivam o consumo como o Dia dos Supermercados, a Black Friday e as festas de fim de ano”, analisou Milan.
De acordo com a entidade, o aumento do consumo foi influenciado pelo montante de cerca de R$ 85,4 bilhões em recursos dos programas de transferência de renda do governo federal como o Bolsa Família, o Primeira Infância (a partir de março), o Benefício Variável Familiar (a partir de junho) e os Auxílios Gás pagos em fevereiro (R$ 112,00), abril (R$ 100,00) e junho (R$ 109,00).
Além disso, os reajustes do salário-mínimo em janeiro e em maio, os reajustes das bolsas da educação Capes e CNPQ, os reajustes dos servidores civis do Poder Executivo, o resgate do PIS/Pasep, o pagamento dos lotes residuais de Imposto de Renda 2022, a ampliação da isenção do imposto de renda, os pagamentos do 1º e 2º lotes de Restituição do Imposto de Renda, o pagamento de precatórios e a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS também contribuíram para essa elevação.
De acordo com os dados da Abras, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) registrou queda de 1,75% no semestre. Em junho, todas as regiões pesquisadas registraram deflação nos preços da cesta, que passou de R$ 750,22 em maio para R$ 741,23, um recuo de -1,20%, na média nacional.
As carnes foram os principais produtos da cesta com o maior recuo de preços no período. De janeiro a junho, a carne bovina – cortes do traseiro – registrou queda de -8,20% e os cortes do dianteiro (-5,88%), o frango congelado (-5,78%) e o pernil (-2,42%). Em junho, a variação ante maio foram: cortes do traseiro (-2,51%) e o corte dianteiro (-1,30%), o frango congelado (-1,27%) e o pernil (-2,40%).
Entre os itens básicos, as maiores quedas no semestre foram óleo de soja (-24,52%), café torrado e moído (-3,42%) e farinha de trigo (-1,10%). Já as altas foram puxadas por farinha de mandioca (+9,53%), leite longa vida (+9,17%), arroz (+6,45%), feijão (+4,78%).
Com condições climáticas mais favoráveis, a única alta de preço na cesta de hortifrutis no acumulado do ano foi registrada no tomate (+4,08%). Cebola (-43,47%), batata (-4,47%) apresentaram quedas no período.
Na cesta de limpeza, os preços ficaram praticamente estáveis em junho, no entanto, no acumulado do semestre, desinfetantes (+5,16%), sabão em pó (+4,17%), detergente líquido para louças (+2,10%) e água sanitária (+1,77%) puxaram as altas na categoria.
Dentre os itens de higiene e beleza destacam-se o aumento de preços: sabonete (+5,28%), creme dental (+5,22%), papel higiênico (+4,42%), xampu (+3,76%).
Na análise regional, a maior queda no indicador ocorreu na Região Norte (-2,11%), seguida do Centro-Oeste (-2,09%), Nordeste (-1,51%), Sudeste (-1,17%) e Sul (-0,30%
Previsões
Segundo a Abras, os 13º dos trabalhadores com carteira assinada, o pagamento de três lotes de restituições do Imposto de Renda 2023 somados à manutenção dos programas de transferência de renda, devem refletir positivamente no consumo das famílias.
Além disso, o consumo deve ser incentivado por ofertas de datas como o Dia dos Supermercados (11 de novembro), Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday, Natal e Ano Novo.
Fonte: Diário do Comércio
A posição da Anvisa está de acordo com a indicação da Organização Mundial da Saúde e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.
A Anvisa monitora de forma constante os dados científicos e as atualizações de conhecimentos a respeito dos aditivos alimentares autorizados em alimentos no Brasil.
Nesse sentido, a Agência incluiu a reavaliação da autorização de uso do aditivo dióxido de titânio na Agenda Regulatória 2021-2023. O processo de revisão teve início a partir da publicação de revisões científicas sobre o perfil de segurança dos aditivos. Ainda que existam opiniões científicas conflitantes, a Anvisa considerou pertinente iniciar a revisão.
Desde 2021, a Agência não emitiu novas autorizações de uso do dióxido de titânio, enquanto o tema segue em análise.
A posição da Anvisa está de acordo com a indicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que também decidiu reavaliar a substância, baseada na coleta ampliada de dados com previsão de finalização em 2024.
O dióxido de titânio é um aditivo alimentar com função de corante, usado em diversos países e durante décadas sem indícios de risco à saúde humana. Esse aditivo foi avaliado pelo Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da FAO e da OMS (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives – JECFA) quanto aos seus diversos aspectos, em várias ocasiões (1959, 1964, 1969, 1977, 1984, 1992 e 2002).
No âmbito toxicológico, o Comitê definiu, em 1969, uma ingestão diária aceitável (IDA) "não limitada", situação atribuída a substâncias que, com base nas informações existentes, são de toxicidade muito baixa, especialmente aquelas encontradas em constituintes de alimentos ou que podem ser considerados como alimentos ou metabólitos (resíduos que sobram depois que o organismo aproveita a parte útil do alimento) normais em humanos. Estudos indicam que a substância é praticamente toda eliminada de forma não modificada nas fezes, sendo que cerca de 0,001% seriam absorvidos por via oral e estariam disponíveis de forma sistêmica.
Avaliações e dúvidas de outras agências
Em 2021, essa substância foi avaliada pela Autoridade Europeia de Segurança de Alimentos (European Food Safety Authority – EFSA), que concluiu não ser possível descartar o risco de genotoxicidade (capacidade de provocar alterações no material genético) de partículas em escala nanométrica (minúsculas) que estão presentes no dióxido de titânio. Naquele momento, a União Europeia se posicionou no sentido de suspender o uso da substância em questão.
No Brasil, a Anvisa não concedeu mais aprovações de uso desse aditivo para novas categorias de alimentos e incluiu a reavaliação da autorização de uso na Agenda Regulatória 2021-2023. A Agência também iniciou uma discussão nacional, tendo sido realizado um diálogo setorial e uma consulta setorial sobre o tema, com representantes da indústria de alimentos, de consumidores e da comunidade científica.
Apesar destes primeiros movimentos, a Anvisa concluiu que, para avançar na discussão, é necessário aguardar o resultado da avaliação conduzida pelo JECFA, considerando os demais desdobramentos internacionais e as controvérsias sobre a interpretação dos estudos científicos.
Em setembro de 2021, durante a 52ª sessão do Codex Alimentarius de Aditivos Alimentares, foi solicitado ao JECFA que se pronuncie sobre o tema. O comitê sinalizou a publicação de uma chamada de dados em 2023 e o início da reavaliação da substância em 2024. A reavaliação por esse comitê misto da FAO /OMS é um parâmetro importante a ser considerado por todos os países.
Adicionalmente, o tema foi levado ao Mercosul em setembro de 2021 e incluído no programa de trabalho 2021-2022 da Comissão de Alimentos, com previsão de término em junho de 2023. Entretanto, devido às opiniões científicas subsequentes, a discussão no Mercosul indicou que se aguarde a conclusão da avaliação pelo JECFA, que será determinante tanto para a revisão no Mercosul, quanto para o processo de revisão da regulamentação brasileira.
Em janeiro de 2022, o Comitê de Toxicidade de Substâncias Químicas em Alimentos, Produtos de Consumo e Meio Ambiente (Committee on Toxicity of Chemicals in Food, Consumer Products and the Environment – COT) do Reino Unido publicou um relatório preliminar apresentando posições divergentes em relação às conclusões da União Europeia. Nesse contexto, a Agência de Segurança Alimentar do Reino Unido (Food Standards Agency – FSA) decidiu realizar sua própria revisão da segurança de uso do aditivo, com a expectativa de publicar resultados ainda neste ano.
Também em 2022, a agência de saúde canadense, a Health Canada, publicou um relatório científico concluindo que não existiria evidência de câncer ou outros efeitos adversos em estudos de longa duração em animais expostos a altas concentrações de dióxido de titânio em grau alimentício, não tendo sido observadas alterações no DNA nem efeitos adversos na reprodução e no desenvolvimento ou nos sistemas imune, gastrointestinal e nervoso dos animais.
Frente a esse cenário, a Anvisa segue monitorando os trabalhos em andamento no âmbito de outras agências reguladoras, da FAO/OMS e de outros achados científicos. Neste momento, estão mantidas as autorizações de uso do aditivo em alimentos que estavam vigentes até 2021, embora continuem suspensas novas autorizações.
Acesse os documentos do processo de avaliação do aditivo dióxido de titânio:
» Nota Técnica de resposta a entidade
» Lista de Presença e Ata de reunião Diálogo Setorial
Fonte: ANIVSA